sexta-feira, 10 de abril de 2009

Temos momentos...

Temos momentos na vida em que nos sentimos donos do Mundo; rainhas de um reino...
Temos momentos na vida em que nos fazem sentir que somos únicas; e o sol parece brilhar só para nós...
Temos momentos na vida em que sentimos que os nossos pilares são fortes...
Um dia acordamos e percebemos que não estamos sós no Mundo...
Que existem várias rainhas e muitos reinos...
Percebemos que afinal não somos únicas...
O sol brilha todos os dias e não, só em alguns momentos...
E afinal os nossos pilares ruíram, pois eram feitos de areia...

VIVA LA VIDA...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

SUPERWOMAN

sábado, 28 de março de 2009

AUTUMN DE VIVALDI

CARTAS DE AMOR

Se o teu abraço a minha solidão matar
E o teu terno leito à noite me adormecer
Acordarei como se de um novo renascer
Amando-te e sendo amado por te amar.

D.L

CARTAS DE AMOR

Minha amada


Junto a esta carta, escrita com toda a cândida doçura que lhe desejo imprimir, ofereço-te uma pequena dádiva: todo o meu amor e terna paixão que a ti dedico e o desejo e a esperança da tua felicidade nos teus sonhos e projectos que, pela força da tua preserverança e natural talento sei que os conseguirás realizar.
E porque as ideias se te ocorrem qual fluxo de um rio imaginário mas que sei brotar do teu intelecto; recebe também este caderno e esta caneta com o teu nome, para que possara nele cair as gotas preciosas desses teus sonhos.


Mais te dedico por troca
de um beijo teu
D.L

CARTAS DE AMOR

AO MEU BELO ANJO


De alguma estranha (mas deliciosa) maneira, dou por mim desejando o teu encontro, ou nunca dele partir.Custa-me deixar-te sozinha à noite, seja porque razão for.
Sei que não posso (nem devo) fomentar a doce expectativa de conquistar o teu coração; e não temo ser magoado porque esse é um sentimento que reservo para mim próprio e que só o sentiria se para isso me sentisse inclinado.Os frutos das paixões terrenas não se querem podadas num jardim; é preferível deixar a natureza guiar o rumo natural da vida e não lhe oferecer qualquer tipo de resistência.Neste momento também eu me sinto a desdobrar e a ser alvo de uma jocosa censura do meu coração. "Vês, Vês", diz ele irónico.Pelo menos nutro por ti um sentimento sentimento sincero.Sei que te sentes confusa e algo triste devido ao afastamento daquele que se encontra longe.Quanto a isso não comento nada mais do que estar naturalmente grato por poder gozar a minha liberdade junto a quem gosto, mesmo sofrendo tu dessa espécie de privação tortuosa.
Sabendo que os assuntos do coração teimam em não deixarem se definir nem parece lhes apetecer a serem resolvidos, apelo à minha razão para não ceder a qualquer experiência que me leve a viver um romance difícil.Ter que lidar com as minhas próprias limitações são, por si só, suficientes e o desgosto tem uma cara feia.
Também já tive o coração partido; caiu ao chão mas agora tenho dois que batem em sincronia e assim pretendo mante-los. Pelo menos dou graças por baterem ao som da mesma melodia.
Sei também que pensas que não te entendo e que esses sentimentos amorosos teus te são privados; o que, obviamente respeito.Mas não consigo entender o porquê de procurares sofrer.O coração apaixonado bate sinceramente, mas duvido que seja suficientemente ingénuo para deixar ser arrancado ou iludido por meras fantasias idealistas. O coração que tenta ir além do próprio corpo que habita não resiste muito tempo, ou não fosse o facto de não ter ele pernas para andar. Devemos nutrir uma verdadeira paixão; uma que nos arrebate e nos deixe completamente loucos de prazer, mas que seja uma paixão que pertença a este mundo e que nele crie as suas raízes e os seus frutos (conforme a vontade da natureza).Nem as raízes se alimentam nem a árvore dá os seus frutos nas fantasias do etéreo.

És uma pessoa muito sensível meu belo Anjo, e enternece-me essa tua visão idílica das coisas.Porém, talvez porque me seja difícil observa-la (embora tenha a mente aberta) ou talvez porque tema esperar uma acção fria e ilógica da tua parte, não me concedo (e penso não dever) esperar um dia em que, para ti, todo o passado se apague e que seja o teu próprio coração a criticá-lo e a remove-lo de ti.

De quem te adora e te compreende mais do que imaginas.
D.L